Projeto Redação Premiada em Morro do Ferro chama atenção pra problemas do meio ambiente

Na foto: Ildeano e Josiane



"Uma semana pra pensar; uma vida pra agir”. Com este lema realizou-se no distrito de Morro do Ferro ( Oliveira,MG), o projeto Redação Premiada que classificou as melhores redações inscritas sobre a relação da ecologia com Morro do Ferro com a participação de autores morroferrenses e moradores de Oliveira  e outros municípios. O evento contou também com o apoio de empresas que ofereceram prêmios aos vencedores com seus produtos.O objetivo segundo nos informou o coordenador do evento Ildeano Sebastião Silva foi colocar a sociedade focada nos graves problemas ambientais existentes  em Morro do Ferro ( Serra da Capelinha, erosões, fogueira festiva com matas nativas, Rio Jacaré, cachoeiras, várzeas, abastecimento urbano e outros motivos.

Projeto semelhante aconteceu simultaneamente na Escola Estadual São João Batista onde foram realizados trabalhos dos alunos com frases,de desenhos, redações, plantio de árvores, palestras e blitz educativa.

O evento foi na Semana do Meio Ambiente no período de 2 a 10 de junho/2012 e motivou 3 questões básicas: o que se tem feito a favor do meio ambiente, o que se tem feito contra o meio ambiente e o que cada um pode fazer para proteger seu território.

Resultado de redação premiada

MORRO DO FERRO E ECOLOGIA

O  1º Lugar, na categoria  Fogueira Ecológica (Categoria I), redação  Fogueira: um símbolo de fé e religiosidade , de Josiane Natália Sousa Santos.

Na categoria II, de Fogueira Ecológica, o 1º lugar foi para Preservação do Meio Ambiente e da Religião, de Diego Antônio França de Freitas. 

A campeã ,em Erosões, Categoria I, foi a redação Erosões: um perigo iminente ao nosso redor,  de Josiane Natália Sousa Santos

O 1º Lugar , Erosões,  Categoria II, redação Desgastes que destroem, de João Victor Silva de Oliveira.

O 1º lugar, em Serras, categoria I,  foi Beleza e devastação das nossas serras, de Maria Evangelina das Graças Guglielmelli.

A vencedora ,em Águas, Categoria I, Águas: espelho da vida, por Josiane Natália Sousa Santos .

O 2º Lugar, em Fogueiras Ecológicas, Categoria I, a redação Fogueiras Ecológicas, de Lina Evangelina Guglieumelli.

O 2º lugar, em Fogueira Ecológica, na  categoria II, Salve o que precisamos para viver , de José Roberto da Silva ( E.E. Dr José Maria Lobato, sala 73 ,idade 12 anos).

2º Lugar – Erosões, Categoria I , Depende de nós , por Kélen Sânzia Silveira Santos.

2º Lugar – Erosões, Categoria II , A preservação ambiental de Morro do Ferro , 4º ano - Turma do Planeta Faixa etária – 9 anos, Colégio Oliveira.

2º Lugar – Serras, Categoria I, Nossas serras , de Josiane Natália Sousa Santos.

2º Lugar – Águas, Categoria I , Águas de minha infância, Ronande dos Santos Júnior.

3º Lugar – Fogueiras Ecológicas, Categoria I, Uma Festa ainda mais bonita, Luiza Oliveira Freitas.

3º Lugar – Fogueiras Ecológicas, Categoria II , Fogueira Ecológica , Leonardo dos Santos Moreira .

3º Lugar – Erosões, Categoria I , A Lenda que se tornou realidade do nosso meio-ambiente , de Luiza Oliveira Freitas

3º Lugar – Erosões, Categoria II , Erosões , 2º ANO – Turma do Conviver,  faixa etária – 7 anos, Colégio Oliveira .

3º Lugar – Serras, Categoria I , Serra que te quero Serra! , Maria Eduarda de Moura Andrade Machado.

3º Lugar – Águas, Categoria I ,  de O Rio Jacaré ,  de Jonathan Gabriel Santos Silva

 FOGUEIRAS COM LENHA NATIVA

Um dos problemas de Morro do Ferro , apontado pelo realizador da Redação Premiada e publicada em seu blog Ildeano é o que ocorre na paróquia de São João Batista, que este ano comemora 141 anos.

“Embora as campanhas da própria igreja católica, aderida por demais instituições que pedem a preservação do planeta, infelizmente aqui em Morro do Ferro , lembra Ildeano , ficou apenas nas palavras, nas preces, pois continuamos na idade da pedra em torno dos problemas ambientais. Porque será? Depois de três anos de manifestação (2009, 2010, 2011) o material das fogueiras continua de lenha nativa? Nem, sequer, tiveram a delicadeza de responder o citado projeto.”

“A troca da madeira nativa por reflorestamento seria o mínimo que a Paróquia de "São João Batista" poderia fazer em prol de nossa terra , comenta Ildeano que mostra em seu blog com detalhes ,em conformidade com as 6 edições (com foco específico ao meio ambiente) das Campanhas da Fraternidade implantada pela CNBB e seguida por esta paróquia de "São João Batista", através das orações e de matérias publicadas no seu jornal Alto da Serra, onde uma coluna é dedicada ao meio ambiente.”

“Falta de dinheiro para comprar eucalipto não é, enfatiza Ildeano, pois investiram na celebração de junho (2011) R$25.000,00 na parte social e R$33.000,00 nos fogos de artifícios, mas não puderam queimar R$1.200,00 na Fogueira Ecológica. Desrespeitam as leis ambientais e ignoram seus próprios conhecimentos vivenciados diariamente através dos meios de comunicação.”

“Será que a paróquia adere às campanhas (Fraternidade e a Vida no Planeta, etc.) apenas para cumprir os rituais litúrgicos?” desabafa .

Em seu blog ainda há mais afirmações, como esta : “ Será que tudo que é dito aos pés do altar de nosso padroeiro não passa de um conto, de uma narrativa bíblica ou obedecendo às escritas dos semanários folhetos?”

E ele continua : “Você conhece algum produtor rural, eu conheço vários, que foi punido por ter cortado uma árvore para extrair madeira para conserto de sua casa ou cercar sua lavoura? Então porque a Paróquia de "São João Batista" promove um espetáculo em praça pública, na queima de inúmeras árvores nativas e nada acontece? Veja que a luta é desigual e quem paga é o pequeno.”

“Os resultados de tanto descaso estão ao alcance de nossos olhos, isso também não podemos negar: córrego "São João" poluído e assoreado, capela de "Nossa Senhora de Lourdes" e gruta de "São João Batista" estão situados em local comprometido, casas e ruas batistanas ameaçadas pelas voçorocas, etc., mas muitos teimam não enxergar.”

E ainda tem mais esta denúncia : “ Depois dessa atitude onde omitiram o projeto Fogueira Ecológica e seus sete laudos técnicos, muitos pontos de interrogação pairam no ar e vejo que ao queimar madeira nativa, destroem consigo tudo que é pregado nas celebrações, tudo vira cinzas, a credibilidade fica completamente abalada, mas... há tempo de recuperar, de mudar, de ser revisto, pois a vida continua e temos que usar nossa inteligência não somente para elaborar belos cartazes ou cartilhas. É hora de sair a campo e semear, plantar, cultivar e não destruir usando o nome do nosso padroeiro "São João Batista".”